61 anos de existência e arte para amar e se engajar, chegando até o fundo do poço, o fim da linha e a eterna sensação ao acordar todos os dias sabendo que o fim e a escuridão estão a cada milésimo de segundo mais próximos de mim
Misericórdia aos bêbados e arrogantes que Deux tenha piedade, pois nós pobres coitados vítimas do cotidiano não sabemos o que fazemos, apenas fazemos… Com a inocência de uma criança que foi violentada durante toda a sua miserável infância
Hoje eu acordo calado…
Com o tempo perdi a capacidade
Mesmo sem ao menos tentar, eu sei que não queria estar lá como em outrora.
A ânsia da vida me pegando de surpresa, mas tudo não passa de um grande vazio abandonado e esquecido
Motivos para sorrir parecem fúteis demais para em algum momento significar algo, pois a felicidade é efêmera
Estamos perdidos entre rumos e vontades e tão desorientado ao que está por vir
Mas pouco importa, pois já não sinto nada nesta alma morta.
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Janeiro 18, 2017 ás 17:53

Anjos e demônios não possuem bocas
Assim anestesio aos sentimentos
O ódio excita contendas, mas o amor cobre todas as transgressões
As minhas entranhas borbulham algo que eu nem sei de onde…
Mais pesado que uma flor, mais denso do que tu pensas de mim, receba de mim
A cabeça perdida, milhões de devaneios bons e ruins, gentileza, sutileza atitudes pouco usadas, ousado com furor fétido, exótico que escorre em arrogância pois mudamos, mas foda-se o que os outros acham, acharão ou podem achar…Assim como o rio seguimos o fluxo dos descontentes e desorientados da mesma forma como sempre fomos.
De humano que me considero as vezes só queria contato
Damos importância apenas ao vício do que os outros pensam em uma doente existência completa, deturpada e letárgica de valores duvidosos.

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Sempre suspeitei de que fossemos bichos, movidos pelas nossas vontades, anseios e desejos, instintos e primitivos.
Esse fogo interno que nos consome de uma hora para a outra, da noite para o dia.
Como animais sedentos por sensações quase oníricas de uma substancia qualquer… uma atmosfera estranha, cercada de névoa, como se vê apenas nos sonhos – ou quando bebemos demais ou tomamos alguma droga.
A prioridade é acreditar nos sonhos
Em entusiasmos precipitados, às vezes enxergamos a verdade que nos convém.
Porque somos humanos de espírito prematuro, a ansiedade não nos deixa esperar.
Não procuramos a servidão, algumas pessoas não reagem ao choque, são submissas ao que lhe é imposto!
O trabalho representa colocar as filosofias em dia, idéias emanadas pelo estado de espírito elevado.
A satisfação plena pelo gozo!
Buscar o prazer, a penetração profunda…
De nossas secreções e fluidos reprodutivos
A fêmea que atormenta os delírios
Pousa nua, em seu semblante as primeiras fagulhas do fogo primitivo, que move a humanidade.
Sente o borbulharão da overdose no estomago.
A força do membro em suas calças, carregado, pulsante, a cabeça é tomada pela vontade do coito!
Consumimos quase todas as drogas, menos a religião.
E assim vamos seguindo, nesse piscar que é a existência.

Banda: Immorallounge
Música: “Vermelha”
Vídeo teaser
Tempo: 0’58”
Data: 31/10/2017
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Este áudio faz parte da coleção Sunyatha Records netlabel:
https://various18.bandcamp.com

Immorallounge:
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Spotify:

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“Sunyatha”

Como o costumeiro entorpecer das segundas-feiras fétidas, aromáticas…
Deslizo o cálice, sobre seus braços, minguados e latejantes incessantes de sensações oníricas, sensações essas que não se reproduzem mais, não proliferam em teu ser, morreram ao entardecer.
A alma ensebada, o tempo que passa, as pessoas que mudam, todo esse retrocesso louco que é o amadurecimento e viver, pois, necessitamos andar sobre nossas próprias pernas e seguir em frente por mais doloroso que possa ser….
E assim a sensação de dentes caindo o equilibro em desequilíbrio dos chacras é uma constante corriqueira, nesse plano terrestre e carnal.
O tempo muda, faz parte do processo que as vezes a melhor escolha é se afastar, deixa-lo fluir.
Como meu sangue que começa a escorrer, junto desse poema que começo a tecer, cada molécula, osso, músculo, membro, órgão do meu corpo nesse exato momento está sofrendo em dores…Porque “A hora da partida chegou, e seguimos nossos caminhos: eu para morrer, e você para viver. O que é melhor só Deus sabe”

Banda: Chademolusco+Obasquiat
Musica: “Sunyatha”
Álbum: “Unreleased track”
Duração: 1’56”
Data: 17/Julho/2017

Jeferson Peres: viola,violão, bateria e captação de áudio
Marco Antonio: violoncelo, escaleta, mixagem, filmagem edição de imagens
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Este áudio faz parte da coleção Sunyatha Records – Netlabel:
https://various18.bandcamp.com/

Bandcamp:
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Youtube:
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Solfejos:
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Soundclound:
https://soundcloud.com/chademolusco

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Sunyata é um termo utilizado principalmente no budismo Mahayana, e tem o significado de vazio, reúne outras principais doutrinas budistas, particularmente anatta e pratītyasamutpāda. Referencia uma natureza sem distinções e dualidades.
O Shunyata, de acordo ao budismo, é um estado de iluminação, um momento em que o ser se encontra numa espécie de vácuo, e sua consciência se encontra além do nível mental, emocional, físico e energético, isto é, não pensa, não se emociona, não se movimenta fisicamente e nem perde ou ganha energia.
O Cristianismo o define como um estado de experiência divina ou contado com a divindade, e o define como sendo um estado de Êxtase.
Este estado é tratado pelas religiões orientais como sendo muito especial, algumas inclusive, afirmam que é o objetivo máximo da religião em si, isto é, alcançar e realizar tal estado pelo menos uma única vez em vida. Isso porque, segundo o budismo (tibetano, mahayana e outros), quando o ser alcança tal estado através da prática de meditação, sua consciência se expande enormemente, intuindo sua verdadeira identidade, natureza e lugar no cosmos.
É através de tal prática que o ser responde a terrível questão “Quem Sou?” ou “O que estou fazendo aqui?” e assim, a consciência se descobre, se vê, do interior para o exterior, sem nenhum apoio físico.
O budismo afirma categoricamente que o “Eu”, “Ego” ou “Self”, que são as noções ou formas da psicologia explicar nossa identidade, não são capazes de experimentar o Shunyata, tendo em vista que para chegar a tal estado, é necessário abandonar todo e qualquer senso de identidade própria, de auto-senso pessoal. Isso porque nossos sensos de identidade pessoal carregam memórias, crenças, pensamentos, ideias e conceitos, que nos impedem de “ver” o que apenas a consciência é capaz de ver, livre de pensamentos, livre de emoções, livre de correntes. E assim, experimentar a verdade, sem a interferência de nossas ideias e/ou crenças pessoais.
Outras religiões ou tradições religiosas como o Zen, Hinduísmo e também o Cristianismo, conhecem o Shunyata, mas talvez usem palavras diferentes, como Sunjata, Sunyata, Êxtase, Dhyana, Gnana, Shamadhi, Samadi, Satori e etc., são grafias semelhantes para a mesma palavra nas tradições religiosas orientais e descrevem a mesma experiência.

Carta ao Pai

Pai cansei de brigar com você.
Eu desisto de você!
Qual é o problema da sua e da minha existência?
Onde você está?
Para onde estou indo?
Por isso desisto de você!
Por não responder
Não comparecer.
Foi esse meu egoísmo, que me afastou de você
Foi esse meu Hedonismo.
Apenas tenho a dor de não sentir
Olhos fatigados de tentar enxergar.
Qual o sentido dessa efêmera dádiva?
Esse lamento que derramo em palavras
É a procura por redenção.
A vontade se exauriu, a esperança se extinguiu
Em um verso embriagado.
10 (2)

Deus é uma metáfora.

Manuscrito de um olhar de peixe.
Sem mãos para tocar sinestesicamente o outro
Sem um coração parar amar platonicamente
Sem respostas nem perguntas apenas uma espessa interrogação em teus sentidos
Maciço narcisismo hereditário e hedonista
Que me consome durante anos
Entre uma febre e outra de vontades
A alma se imunda de desejo
Disléxico e santificado ainda se mantendo em terra
Um simples tormento físico, causa da embriagues precoce

Sem foto

Com tão pouco que temos
Do que queremos tirar vantagens?
O processo já está em andamento de parto.
Cigarros esfumaçados que se definham aos poucos e somem…
Desligue se desse odor fétido
Às vezes as letras não são o suficiente para nos embriagarmos, dentro de um quarto de hora sem ar condicionado e janelas.
O crime é um protesto contra a anormalidade do regime social
Com tão pouco que temos
Poder manifestar-se sã em ambiente insano
Para atender as necessidades
Em que vidas alheias se afogam em dilúvio
Plena calmaria em prantos torrenciais.

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Brasil Colonia Século XVIII e a situação do negro e os quilombolas

Em relação a algumas pesquisas e textos lidos, podemos considerar as fontes datadas do seculo XVIII, uma delas escrita em 1746 onde o então governador da capitania de Minas, Gomes Freire de Andrade alerta a coroa (portuguesa) a respeito dos negros, que se encontram em fuga, efetuando saques, considerados bárbaros e os mesmos se organizam em quilombos, onde se encontra cerca de mil negros, contando também com mulheres e crianças.
A questão citada, era que esses negros praticavam ataques as comarcas, viajantes e seus senhores, em carta a coroa também se alerta a respeito de que esses negros estão se organizando e elegendo os seus lideres.
Já em relação ao edital publicado em 1760 do governador interino da capitania de Minas, José Antônio Freyre, onde cita a crueldade praticada pelos negros insubordinados que viviam nos quilombos.
As províncias e seus senhores e colonos em situação de constante ameaça, citada pelo governador em edital pede que moradores dos respectivos distritos onde ocorre esses ataques por negros, que se unam aos capitães do mato na caça por quilombolas. Sendo que a coroa já alertada sobre o perigo que são os quilombos e os mesmos estão se organizando.
Vendo nos dois casos uma tensão entre escravos rebeldes e organizado em quilombos e de outro lado os colonos se organizando e se juntando com os capitães do mato no combate aos negros quilombolas.
Outro fator que deve ser observado é que se trata de uma sociedade escravista essa do Brasil Colonia em meados do seculo XVIII (mesmo a mão de obra e o comercio de escravos já estar se demostrando um meio inviável e de pouco lucro para o senhores de engenho) uma sociedade onde o negro, mulato e mestiço detêm todos os males da sociedade, uma sociedade complexa e ainda sem uma “identidade” definida, pois a nossa nação descende de uma miscelânea de raças e culturas (que um modo ou outro foram”forçadas” a conviverem juntas e não em pé de igualdade mas com uma divisão de classes bem simples entre senhores detentores de terras e escravos vindos da Africa ou mão de obra escrava indígena) em resumo, uma sociedade complexa onde o elemento branco colonizador, sente-se ameaçado.

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Resenha: “Apologia da História ou O Ofício de Historiador”

De início a pergunta, o que é história e qual sua função? (Pergunta indagada pelo filho do autor durante a introdução do livro) Pois a história por si só é uma palavra que engloba outras vertentes, que podem ser de uma época, de um acontecimento, de um povo, em virtude do seu nome que remete ao povo helênico a história é em si uma ciência (mesmo havendo discordância por parte de alguns) que a partir do uso de estudos e ferramentas, podemos “decifrar” o passado e entender um pouco melhor através dos recortes alguns aspectos das antigas civilizações.
Em contrapartida o foco de estudo da história deve ser o homem (prefiro usar o termo ser humano) e a sua intervenção no tempo, na terra e no mundo, pois este será o seu objeto de pesquisa.
Por outro lado, vemos também que o estudo da ciência chamada história por si só também se reverte em outra coisa chamada tradição (ou estudo desse fenômeno), que pode ser através de um comportamento passado de geração a geração, pela oratória, vendo dessa forma podemos classificar como uma arte, pois essa forma de aprendizado e comunicação que os mais antigos e até algumas tribos tem o costume de ensinar, praticar e mostrar os antepassados e seus costumes aos mais novos, devemos pensar que a história e seu estudo devem ser considerados tanto uma ciência quanto uma arte, pois nessa área é necessário o “tato” (sensibilidade) e a atenção e dedicação .
Ao pensar em história devemos também ter em mente a seguinte ideia, de que trabalhamos com o tempo, que é continuo e passa por séculos e séculos de ideias, pensamentos, revoluções e afins o estudo da história deve ter embasamento nesse contexto, pois a partir do momento em que se trabalha com recortes, estamos adentrando em uma determinada época e tempo específico, costumes e conceitos daquele período em questão.
O que se estuda? A motivação (não sei se essa seria a palavra mais adequada) que impulsiona o estudo da história é em sempre querer ou tentar desvendar a “verdade” ou as “verdades” conhecer a origem primordial do homem em simples resumo, o início, o que move e deve mover um historiador deve ser o seu senso de curiosidade, (acredito que eis aqui algo que está intrínseco) querer saber o porquê das coisas, algo que a filosofia também já vinha fazendo nos tempos de Grécia antiga a partir dos sofistas.
O objeto de estudo, o passado, não se deixar levar por anacronismos, deve-se ter em vista, a época, o tipo de civilização e cultura e costumes (que muitas vezes divergem dos nossos contemporâneos) deve-se uma observação muito importante, pois ao estudarmos esses fenômenos históricos em seu determinado tempo, não temos como afirmar ao certo, determinado acontecimento, são apenas especulações através de recortes, no caso do estudo de civilizações mais antigas.
O autor Marc Bloch também faz uma referência interessante que para podermos compreender o presente deve analisar o passado e não ignorar, pois daí tiramos as conclusões para melhor compreensão dos tempos atuais a grosso modo uma troca de gerações, apesar de que como o autor diz o presente em si, pode ser considerado algo volátil pois ele acontece e por si só ser torna passado.
Outro ponto de vista que também podemos citar é que ao estudar a história e as figuras históricas e seus acontecimentos e feitos, deve pensar com a mentalidade (ou pelo menos ter uma noção de compreensão) da época em questão, quais eram as questões sócia e políticas, porque o objeto de estudo, entende-se o homem por si só é um ser totalmente mutável e imutável.
Não cabe ao historiador ter visão apenas ao passado (apesar de essa ser a sua função) o mesmo também deve ter olhos para o presente, o universo a sua volta pois tudo é uma consequência de processos históricos entre o arcaico e a modernização, pois dessa forma cabe ao historiador sempre observar e absorver o mundo a sua volta, “o conhecimento do presente ser diretamente ainda mais importante para a compreensão do passado”.
Os fatos estão aí para serem estudados, mas em referência ao autor Marc Bloch não possível chegar em uma verdade absoluta sobre os fatos e acontecimentos, pela escassez de documentos por se trata de períodos antigos ou a total eliminação deles.
Não é possível ter um conhecimento de todos os fatos históricos em uma vida, recomenda-se estudar aquilo que tem mais afinidade dessa forma os estudos podem fluir melhor.
Uma característica do historiador é que o mesmo, como havia dito, trabalha com a observação dos fatos, com teorias e especulações, nenhum historiador pode ou deve afirmar um fato/recorte histórico, porque simplesmente o mesmo não estava lá como testemunha ocular, portanto cabe ao historiador “investigar” os documentos e testemunhos do recorte estudando em questão, esse processo de “investigar” o passado, trabalhar com relatos que muitas vezes mostram apenas um ponto de vista em questão existe a necessidade de trabalhar com vários relatos, trabalhar com o raciocínio até mesmo para entender melhor os ritos e costumes que muitas vezes ficaram ou ficam perdidos no tempo (pois não a testemunhos e escassez de documentos e referencias) daí cabe ao historiador buscar o documento histórico, esse resíduo deixado para atrás um trabalho geralmente exercido pelo arqueólogos também, no caso de escavações onde são encontradas ossadas, cidades, resíduos de antigas civilizações e que muitas vezes podem elucidar (ou não) os costumes e hábitos desses povos, portanto segundo Bloch o historiador deve estar atendo sempre a respeito dos lugares onde ele pode pesquisar seja dos ritos religiosos até a sua própria língua falada e sua origem.
Mas deve acima de tudo ter cautela, deve se verificar autenticidade do documento (principalmente documentos escritos) portanto é imprescindível para o historiador a crítica pois existe vários relatos sobre a falsificação na história e por causa do senso crítico e sensibilidade foi comprovado a falsificação desses documentos através das escritas, o tipo de papel, a arqueologia, os materiais utilizados, restos mortais, dentre outros, são formas de identificação da autenticidade dos elementos encontrados.
Ao estudar essa ciência deve ter em mente o instinto de farejar sempre, buscar e pesquisar o assunto e procurando não a verdade absoluta, mas o mais próximo dela, porem muitas vezes não temos acesso pois muitos desses documentos forma destruídos, sejam por guerras, invasões ou revoluções ou até em alguns casos as condições climáticas que nesse tipo de situação muita coisa acaba se perdendo o que é algo triste porque no final das contas acaba até dificultando o trabalho do historiador.
O autor mostra essa ênfase na crítica no trabalho árduo da dúvida pois se trabalhamos com relatos e testemunhos orais e documentos quer podem ser facilmente manipulados, vemos que o historiador em seu oficio deve sempre trabalhar a crítica e analisar minuciosamente os fatos, nas palavras do próprio autor “entre a mentira e a verdade, permitem uma triagem” assim vemos que a verdade ou proximidade dela é uma das funções básicas de um historiador em relação a crítica dos seus documentos em questão, a cabe ao mesmo abolir preconceitos e receios durante esse processo, nesse processo da crítica como cita o autor deve-se extorquir a informação apresenta no documento ou que as vezes o mesmo nem tem a intenção de mostrar, portanto não acredite em tudo que vê e que lê. Sim o oficio da história permite que ele trabalhe com a mentira como cita o autor, na idade média havia uma onda de falsificação de documentos, que para alguns pode ser a fonte inesgotável de problemas se não for analisada de forma crítica e correta e ainda assim não perdendo seu valor histórico.
Portanto deve-se ter senso crítico, a autenticidade do documento e sempre observando o presente para poder melhor compreender o passado e seu tempo de estudo.
O historiador segundo o autor deve se manter neutro no sentindo de julgar o período ou cultura em questão, não cabe ao historiador julgar outras civilizações como melhores ou piores, mas sim em compreender como esse organismo funciona e assim mostrar que através de analises e estudos se faz o trabalho do historiador sempre trabalhando o senso crítico.
A função básica historiador como já havia dito é em compreender a história e seu momento de estudo e analise em questão, portanto não cabe ao historiador vangloriar ou condenar figuras ou “heróis” do passado, mas sim analisa-los e tentar explicados dentro do máximo possível da vertente verdade.
Partimos da premissa do conceito religioso no monoteísmo, apenas existe um Deus e criador de tudo e de todos, um Deus monoteísta que foi sendo criado na antiguidade, já nas religiões politeísta no oriente já tem uma relação mais intrínseca com a natureza e pode ser também influenciado pela cultura, pelo seu povo e época vendo essas discrepâncias chegamos que o historiador não pode ser influenciado pela sua paixão, crença ou influencias externas o seu estudo se baseia nas analises (como já havia dito) não temos nenhuma influência sobre os acontecimentos e fatos, rotinas e destinos, um lugar onde a opinião individual é nula, apenas o coletivo amórfico da civilização estudada em questão é o que nos impulsiona.
Vemos também que cabe ao historiador fazer o seu próprio recorte do que pretende estudar em questão nesse caso o próprio tem total autonomia nesse sentindo pois sabemos que não é possível ter um conhecimento geral sobre toda a história uma reles existência humana não daria conta de tanta informação, portanto o autor recomenta que se faça esse recorte e que se tenha um foco objetivo no objeto estudado.
A história em si é uma ciência mesmo com algumas opiniões divergentes, mas ao mesmo tempo em que é ciência ela também necessita de outras ciências, a heurística mostra bem a forma como deve ser trabalhado a buscar por documentos, traços deixados pelo homem no decorrer do tempo por parte do historiador.
A nomenclatura dos e aspectos de uma sociedade deve ser bem definidos pelo historiador para dessa forma não gerar uma demasiada confusão entre os fatos descritos que podem ser desde de práticas, crenças, religião ou política. A história tem o seu vocabulário próprio, portanto, em sua maior parte, da própria matéria de seu estudo, por um longo uso, ambíguo, aliás, não raro desde a sua criação, um bom exemplo é o caso do vocábulo burguês que no sentindo história existe uma grande diferença entre o burguês da idade média com o burguês pós revolução industrial a mesma palavra, mas que muda de figura de acordo com o período do tempo estudado em questão, segundo o próprio autor “Este é o procedimento natural do caráter tradicionalista inerente a toda linguagem, assim como a pobreza de inventividade da qual sofre a maioria dos homens.”
Já no ultimo capitulo (sem título) o autor mais uma vez dá a sua ênfase ao estudo da história através de recortes, o estudo fragmentado das eras passadas, através de recortes, eis que em resumo o ofício do historiador deve ser sempre em estudar o homem em função do tempo, compreender o passado com o olhar contemporâneo, sem permitir a projeção de anacronismos, e buscar sempre pela verdade (mesmo que não absoluta, mas próxima) independente do impacto que ela poderá trazer consigo.
O autor também cita ideias do positivismo em relação ao acontecimentos e casos estarem atrelados uns aos outros e que o historiador e suas produções também terão consequências e influencias a grosso modo, ação e reação.
No capítulo V se resume basicamente a essas referências, já que o autor Marc Bloch foi fuzilado em 16 de 1944 durante a segunda guerra mundial e seu livro “Apologia da história ou o ofício de historiador” foi publicado após a sua morte.
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Apologia da História ou O Ofício de Historiador
Publicado por Lucien Febvr em 1949 é uma publicação póstuma do historiador Marc Bloch.

Rejeição…

A todo momento ou em algum momento nesse piscar de existência passamos pela rejeição uma sensação incomparável, uma das dores mais profundas que a experiência da vida pode nos ocasionar.
Da rejeição se constrói no amago, se desconstrói em raiva, melancolia, indubitavelmente se separa a alma do coração.
De um amor que seria infinito, que apenas se desmancha e desagua em lagrimas profundas proporcionadas pelo abandono.
Abandono da vontade, da essência e dos prazeres, pois clamo para essa dor cessar, essa cicatriz se fechar e um dia se curar…
Sem dizer uma palavra, sem olhar para mim…. Seguimos com nossas rotinas medíocres que nada dizem a nosso respeito, apenas mais uma dose da substancia perniciosa que nos deixa aparentemente mais felizes, uma dopamina engarrafada ou em doses homeopáticas do veneno letárgico da alma pungente.
O abandono provoca dor viva, aguda, penetrante, cáustica; lancinante.
Em todo esse processo apenas vemos ruinas e a queda.
Que moral vemos em tudo isso a não ser um retrocesso humano
Por mais vazio que tudo possa ser nesse momento
Não estamos isentos ou neutros nesse mundano alucinado de experiências e expectativas que criamos ao decorrer dos anos e do fatigado e fragmentado caminhar que é a vida
E enquanto enrolamos a corda em nossos pescoços, tudo se declina, tudo se inverte, tudo se esvanece…
Como querem ver as coisas daqui para frente?
Porque o coração não palpita mais, apenas bombeia o sangue e nos mantem vivos, em estado de alerta, euforia e nostalgia, pois como disse, não somos neutros nem isentos apenas somos humanos e sentimos.
Recessos e retrocessos para quem se afunda na lama cada dia, cada momento mais um pouco
Esse casulo do passado que ti prende precisa ser quebrado
Temos de nascer/renascer varias e outras vezes, pois assim como o fogo não somos os mesmos a cada segundo que escorre da ampulheta do tempo.
Um corpo inerte, frágil, flácido
Que não esboça mais reações, sem vida, a não existência e presença
Físico, material inanimado, metafisico
De onde vem para o nada de infinitos voltara
A sete palmos descanse…. Não pense, não sinta
Infinitos Eu’s de mim olhando para eu mesmo
A eterna duvida do desconhecido e duvidoso
Onde não existe a certeza o humano se retrai
A dúvida nunca conforta ou consola
Minha dose de surrealismo está entregue
Assim como um sonho que se manifesta como tormento noturno
Nascido sem cadeias, aprisionado pelo feitiço do amor
Ao fim desse desabafo, encerro a minha oração…
Banda: Obasquiat
Musica: “Sadness”
Duração: 0’47”
Data: 23/junho/2017
 
Marco Antônio: violoncelo,mixagem,filmagem e edição.